segunda-feira, novembro 30, 2009

Avatar (2009)

É o nome do novo filme que marca o regresso de James Cameron à realização, doze anos depois do estrondo sucesso de 'Titanic'. Sempre me habituei a ver James Cameron como um realizador que pugna sempre pelos efeitos especiais, como querendo obter, através do uso intensivo dos ditos efeitos, materializar exactamente as imagens como quando saem da sua creatividade, que é como dizer, da forma como ele as idealiza na sua mente, para não dizer cérebro. Foi assim no primeiro 'Terminator' (1984), em Aliens II (1986) e em "The Abyss" (1989), e, finalmente, em 'Titanic' (1997). E parece também ser com este novo 'Avatar', que parece ser a grande prenda pela qual vamos querer todos nós querer regressar às salas este Natal. Cameron afirma no 'making of', que teve de esperar 20 anos para poder ter os meios técnicos para poder realizar este filme nas condições que precisava! À primeira vista, e pelos trailers, fica-se com a impressão que a história vai seguir mais ou menos o rasto de filmes como "Danças com Lobos" ou o "Último Samurai", em que a personagem principal renega a sua identidade inicial, para abraçar uma nova identidade no seio de um novo grupo. Nada de novo aqui neste campo, até porque Cameron nunca foi um realizador que nunca enveredasse por surpresas a nível do screenplay (já toda a gente sabia que o Titanic haveria de afundar - o navio, é claro, não o filme!). Se, a nível do argumento, e, consequentemente, da banda sonora, não será de esperar nada de especial, fica então por saber o que é aquilo que é a "mais valia" dos filmes de Cameron - os "special efects"- nos tem para oferecer este filme? E, á partida, pelo "making of" preliminar, podemos ver que os actores fizeram tal e qual as cenas como os seus personagens virtuais (para não dizer "avatares") fazem na animação gerada por computador. Isto tudo graças a técnicas que já vimos possíveis na trilogia "Lord of the Rings" em que os movimentos da personagem Gollum foram feitos tendo por base o "motion capture" da interpretação do actor Andy Serkis. São portanto estas as primeiras impressões com que fiquei após visionar os trailers e o "making of". James Cameron é, como ficou dito, um realizador que gosta de levar os efeitos especiais ao limite, não sendo por acaso que ele diz que a cena do vôo na criatura voadora do planeta Pandora é para ele a sua cena preferida de todo o filme (à semelhança do grito do personagem Dawson do "I'm the king of the world" na proa do Titanic), pois é nessa cena que toda a criatividade de Cameron supostamente alcança todo o seu esplendor. Mas com certeza, espero que o filme valha mais a pena do que apenas os minutos dessa cena. Bem, posto isto, não vou querer estar a descascar mais batatas a respeito de querer saber mais cenas a respeito do filme, assim não vai valer a pena ir ver o filme às salas na estreia no próximo dia 17!