domingo, novembro 22, 2009
A vida é uma ilusão ?
É uma pergunta que todos nós fazemos, a nós próprios, se calhar muitas vezes na vida. Dos meus 32 anos de vida, posso responder ou melhor dar uma tentativa de resposta, nos seguintes termos: viver é efectivamente acreditar numa ilusão, agora se é a vida ela própria uma ilusão ou é aquilo que fazemos dela uma ilusão se calhar importa separar as águas e tentar compreender bem do que é que estamos aqui a tratar.A vida é uma ilusão, logo tudo o que fazemos dela também é uma ilusão!
Fazemos da vida uma ilusão. Logo, ela é uma ilusão!Não sei qual das duas afirmações está mais próxima da verdade, eu acho que cada um dos leitores vai preferir uma ou a outra, sendo que a resposta preferida expõe, de certo modo, a sua maneira pessoal de ver as coisas, porque o que está aqui em jogo é, afinal, uma propriedade importante da (ou de uma em particular?) vida humana. Mas eu tirava pela segunda afirmação. Acho que está mais perto de ser verdadeira, só porque nos faz por vezes lembrar que temos que voltar à dura realidade das coisas! Mas o que eu quero pensar, muito sinceramente, é que a arte em se saber viver é conseguir tornar tudo o que parece ser uma ilusão que deixe de o ser... é tornar o impossível possível e, então, a partir daí, quando a ilusão passar a ser a realidade, então irá deixar de ser uma ilusão! Vai nos fazer lembrar que valeu a pena alimentar aquela ilusão ! Só dizemos que vivemos numa ilusão quando não conseguimos transformar essa ilusão naquilo que ela não é, uma não-ilusão, ou por definição, em algo real, visto o real ser o contário do ilusório. Então aí é que não valeu mesmo a pena foi alimentar essa ilusão! Sabem duma coisa ? Vou-me mas é deitar, para amanhã de manhã ao menos a acordar lembrar-me que não estou a viver numa ilusão! Boa noite a todos e que todas as vossas ilusões deixem de ser o que são... apenas meras ilusões!
1 Comentários:
«As ilusões», dizia-me o meu amigo, «talvez sejam em tão grande número quanto as relações dos homens entre si ou entre os homens e as coisas. E, quando a ilusão desaparece, ou seja, quando vemos o ser ou o facto tal como existe fora de nós, experimentamos um sentimento bizarro, metade dele complicada pela lástima da fantasia desaparecida, metade pela surpresa agradável diante da novidade, diante do facto real».
Charles Baudelaire
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