terça-feira, agosto 23, 2005

Ao mar, há que ir para pescar dia (e noite)...

Esta é, para mim, uma das melhores fotos que já tirei, senão a melhor até agora, eprova que a máquina em questão (uma HP PhotoSmart R507) é capaz de captar quase os mesmos pormenores que um olho humano (não com a mesma sensibilidade, é claro), mas, também um pouco com a ajuda do parapeito da minha varanda, que me possibitou pousar a máquina no seu topo, de forma a poder estabilizá-la durante a exposição para poder tirar a foto sem o auxílio de um tripé, consegui obter esta bela foto que mostra a marginal de noite, por volta das 22h, dando destaque à iluminação das embarcações em plena faina em alto mar (para capturar polvo ou lula, se não me engano). A sensibilidade da máquina chega ao ponto de conseguir captar algumas estrelas no céu, de forma que não resisti a fazer o upload da imagem original integralmente.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Estou contente...

Eu hoje estou contente porque completo 28 primaveras, ou melhor, verões, mas não estou tão satisfeito assim porque... porque o nosso país continua a saque dos incendiários que continuam a receber as honras de abertura de todos os noticiários em Portugal. Tem sido praticamente o mês de Agosto todo... eu já evito os primeiros 20 minutos dos telejornais porque já sei com o que me vou deparar, caso contrário, iria sentir-me deprimido, porque todos os Verões isto é assim. Apesar de eu continuar a pensar que os Incêndio são uma vez mais uma manifestação do divórcio Litoral/Interior ou se quiserem, que explica muitos fenómenos económico-sociais deste país, mas acho que também gira em volta da dicotomia Urbano/Rural (de que polémica em volta das touradas de Barrancos que houve em anos anteriores também são um exemplo), manifestação porque para os habitantes do Litoral os incêndios é algo de que estão habituados quanto muito a ver nas cidades, a não ser, é claro, quando o fogo se aproxima muito das cidades. Os senhores ministros continuam a sentar-se confortavelmente nos seus gabinetes de Lisboa, sem saberem exactamente o que se passa no interior do país, terreno a saque de doidinhos que dão pelo nome de pirómanos ou incendiários e que são os bodes expiatórios do costume. Ou então é o desleixo do "povão" a lançar cigarros mal apagados para a borda das estradas, de foguetes lançados pelas inúmeras festividades das povoações que ocorrem por todo o país durante o Verão , são os madereiros e a indústria de celulose organizados em "mafias" a lançar incêndio para garantir o preço mais barato da matéria prima, são as próprias empresas que detêm os meios de combate aos incêndios e por forma a garantir lucro que iniciam os incêndios, ou então é o calor o culpado e aí o que se passa em Portugal não é único mas anda a ocorrer em todo o mundo, reflexo do aquecimento global que afecta por igual todos os cantos do planeta ? Este ano ainda existe a desculpa de termos tido um ano extremamente seco... Podem ser todos estes motivos, mas desde há três/quatro anos que todos os Verões é esta história, e todos os governos começam todos os Verões com a mesma cantilena: há mais meios, mais homens no terreno, blah, blah, blah. Ou então são os media nacionais que começaram a exagerar a cobertura nesta época do ano, uma vez que nos encontramos naquilo que é conhecido por Silly Season, que é uma época em que todas as individualidades se encontram de férias, e daí não exista um "afluxo" mínimo de notícias nesta época do Verão ? Mas todos os anos são pelo menos 100 mil hectares que ardem no mínimo! Mas não haverá ninguém neste país com os meios para acabar com este calvário todos os anos ? Há quem diga que o flagelo dos incêndios pode ser combatido com uma estratégia global de investimento na floresta portuguesa e com a (re)educação do povo português. Mas eu arriscaria-me a dizer se houvesse um partido que investisse como tema de campanha o combate dos incêndios numas próprias eleições legislativas, acredito que amealharia umas boas dezenas de milhares de votos. Pois é, eu hoje estou contente por ter completado 28 anos, mas todos os anos é sempre a mesma história... nesta época do ano. E por mais quanto tempo isto virá sempre a ser assim ? Até ao dia em que arda o último pinheiro em Portugal ?

domingo, agosto 14, 2005

"Montra de amigos"

É o melhor termo que encontro para descrever o novo "fenómeno" ou "sensação" da Web - o Hi5 -, que permite conhecermos os amigos dos nossos amigos e mandar-mos mensagens a eles. É possível reencontrar pessoas que já não conhecíamos há montes de tempo. Enviar mensagens e descrevermo-nos a nós próprios e quem sabe, fazer novos amigos entre os amigos dos nossos amigos. Para já tem uma grande utilidade: numa confraternização social já nos conhecermos todos uns aos outros de antemão, assim evitam-se as chatas apresentações :))

Todos os anos prometem acabar com eles...

Sou cidadão de um país como Portugal, em que todos os anos assistimos à mesma coisa: um dos nossos maiores bens e riquezas naturais, a Floresta Portuguesa, a ser devorada por fogos que podiam ser muito bem evitáveis, mas que todos os anos nos impedem de não deixar de ter preocupações porque enquanto gozamos férias no litoral português, existem outros portugueses, infelizmente em menor número, que lutam pelas suas posses, se não mesmo pelas suas vidas, no interior esquecido, vítimas dos actos originados por indivíduos, ao que é dado a crer, pelo estudo publicado pela Universidade do Minho, de que grande parte dos incendiários são indivíduos com dificuldades de inserção social e problemas de dependência de drogas e que supostamente respondem às suas frustrações iniciando incêndios, para gozar depois do prazer de ver o resultado das suas tresloucadas acções quando começam a acorrer as forças de combate aos incêndios e os jornalistas ao local. São conclusões que vão no sentido contrário daqueles que têm como gosto tecer teorias da conspiração argumentando que os incêndios são o resultado da acção de grandes interesses económicos sobre a floresta portuguesa. A mim quer me parecer que, sendo verdade o que o estudo referido afirma então façam o seguinte: detenham todas as pessoas que preenchem o perfil avançado pelo estudo, mesmo antes de procederem aos referidos actos, e então saberemos ou não se são apenas indivíduos associais os responsáveis pelos incêndios Mas sem querer procurar quem serão os agentes originários de tais actos, o que se passa também é um grande desmazelo, da parte dos proprietários florestais que podiam proceder à limpeza das matas, à abertura de aceiros que são espaços entre hectares que evitam a propagação de eventuais chamas e facilitam o acesso dos meios de combate às áreas atingidas. Mas todos os anos assistimos quando chegamos a Junho ver os políticos entoar a mesma ladainha: existem mais meios de combate, mais homens no terreno, maior tempo de vigilância, temos a colaboração do exército, etc. O que é certo que todos os anos é que o nosso país figura à cabeça no total de área ardida entre os países com clima mediterrânico semelhante ao nosso, que são a Espanha, a Itália, a Grécia e a França, tendo a maior parte deles mesmo até uma superfície florestal mais elevada que a nossa. Os meios de combate aéreos são todos privados e o estado português tem que dispender quantias avultadas para alugar esses meios. Tal podia ser resolvido com um investimento maciço e pontual em meios de combate próprios. Não sei, mas também podiam existir programas de voluntariado por parte de pessoas que estivessem dispostas a limpar as matas sem necessidade de contrapartida monetária, eu estaria disposto a isso se tiver tempo para tal. P.S.: em relação a este assunto chamo a atenção para o artigo de opinião de José Gomes Ferreira na SIC, onde aponta as razões para uma "conspiração" de interesses económicos em volta da floresta portuguesa.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Celebrando dois anos a surfar largamente....

Completam-se neste dia dois anos desde que tenho ADSL na minha residência. Foi em 1 de Agosto de 2003, após cerca de dois anos de espera, e numerosas pré-inscrições no SAPO ADSL que finalmente a empresa concessionada pela PT para fazer a instalação da DSLAM na central telefónica da minha área de residência , que finalmente a ADSL chegou à aldeia algarvia de Cabanas-de-Tavira. Isto após mais de dois anos de haver ADSL na capital de concelho, Tavira, que mantinha a expectativa de isso acontecer. Mas para eles poderem alargar a cobertura da ADSL para a minha zona tinha de ser necessário um mínimo de x pessoas para poder ser rentável para a PT proceder a essa instalação. Mas para uma aldeia (agora vila) com muita gente jovem tal acabaria por ser inevitável ao fim de algum tempo. Depois de saber da iminência dos planos por partes da PT desde dois ou três meses antes, em que no SAPO tinham posto uma página com os nomes das localidades que iriam passar a ser cobertas por ADSL e lá estava uma linha com a palavra "CABANAS". Fiquei na expectativa de saber que "CABANAS" seriam estas, tendo em conta que em Portugal há muito mais aldeias chamadas "Cabanas", as que me vêm à memória são "Cabanas de Viriato" ou "Cabanas de Palmela". Na via da dúvida, nesses meses tornou-se quase uma compulsão todos os dias ir ao site do SAPO fazer o teste de Cobertura para saber se o meu número de telefone estaria finalmente com cobertura ADSL. Continuava a dizer que não, até que me decidi ir à loja da PT de Tavira tirar a dúvida, e lá disseram-me que sim senhor, Cabanas iria ter muito em breve Cobertura ADSL, só teria que esperar pelo dia 1 de Agosto. Na véspera do dia 1 de Agosto, comprei logo o "kit". Como na altura não percibia nada de modems, calhou-me na rifa essa maravilha de técnica fabricada na Conxixina (termo pejorativo para Sudoeste Asiático) com marca portuguesa chamado Octal A360. A dizer apenas em letras largas "A D S L" na superfície superior, e apenas com uma etiqueta por baixo a referir o seu nome de baptismo por baixo, a beleza que me calhou. O que é certo é que no dito dia 1 de Agosto, após ir como sempre todos os dias ao site do SAPO fazer o teste de cobertura, a resposta inicial começou por ser diferente, já não me lembro, mas mais tarde, ao repetir novamente o dito teste de cobertura, bingo! Já tinha cobertura. Corri a telefonar para a linha de atendimento técnico do SAPO para fazerem o teste de activação. Eles diziam que o teste ia ser feito no máximo até 10 dias salvo erro, mas passados 3 ou 4 dias de ansiosa espera, já não me lembro o que me levou a querer instalar o modem no computador de casa. A princípio tive um precalço, aquilo não funcionava, mas depois experimentei no meu portátil e já funcionava! A primeira coisa que um gajo gosta de fazer quando chega a estas alturas é experimentar toda a velocidade e pus-me a fazer um download comprido, já não me lembro do quê. Aquilo foi até aos 50 KB/s, o que era de esperar +- para uma ligação de 512 KB/s de downstream. O tarifário que elegi foi o SAPO ADSL Pro, pois claro, pois possibilitava gastar no máximo até 4 GB por mês. Mas o modem não era para ficar ligado no portátil. Afinal era por causa do WinRoute, o programa responsável pela partilha da Internet que estava a bloquear por causa da sua firewall. Resolvi o problema e pus tudo como devia ser em pouco, a partilhar a ADSL por todos os computadores de casa, em princípio apenas o meu portátil. Lembro-me de ter tido um problema com a configuração do MTU que cheguei a colocar a questão no forum Bandalarga.org, mas como depois resolvi o problema sozinho mais tarde, respondi à minha própria questão mais tarde! A banda larga permitiu-me começar a usar p2p que nunca teria tido possibilidade de usar com modem analógico, e outras coisas, como instalei um servidor de SSH na máquina de casa isso possibitou-me começar a ligar a partir da universidade para "fintar" os proxy's pidescos através do uso de túneis, possibilitando ainda o acesso ao desktop remoto graças ao VNC, e assim podia perfeitamente trabalhar no computador de casa como se o tivesse em frente de mim. Transferir ficheiros entre casa e a universidade tornou-se também uma possibilidade que nunca teria sido possível. Acabava um download do eMule, e depois como tinha o Apache instalado na máquina, podia transferir facilmente o ficheiro para a universidade! Entretanto, após um ano de utilização, a PT decidiu fazer o upgrade para todos os clientes Pro para 1 MB, e agora, passados dois anos, estou na fasquia máxima possível para a versão de ADSL que estou a usar: 8 MB! Isto apesar de teoricamente poder dar velocidades de até próximo do 1 MegaByte/segundo, tal na verdade, o máximo que consigo até agora foi cerca de 560 KBytes/segundo, o que comparando com os 55 KB/s máximo que obtinha quando comecei há 2 anos, é um salto deveras enorme!