Na passada terça-feira decidi-me a experimentar o trajecto da futuro ecovia entre Vila Real de Santo António e Cabanas de Tavira. Como tenho estado desempregado, arranjar alguma coisa que fazer era importante, e, como eu adoro fazer passeios à descoberta, juntando a isso esse passeio ser feito de bicicleta, era os condimentos bem necessários para uma manhã bem passado.
Graças à possibilidade aberta há pouco tempo pela CP de transportar bicicletas em todos os seus comboios regionais, obedecendo no entanto a determinadas condições, fui até Vila Real de comboio.
Como não sabia em que condições a bicicleta devia ir no comboio, levei-a comigo e deixei-me a ficara agarrar nela com a roda da frente para cima, de forma a minimizar quanto possível a circulação dos outros passageiros. O revisor depois ao passar é que me avisou que o lugar da bicicleta era no depósito de carga, situado algures numa das carruagens (todos os comboios regionais no algarve são automotoras com três carruagens). Para a próxima ver hei-de me lembrar de a levar para lá. De resto paguei só 1,25 ? do bilhete de passageiro, nada mais.
Fiz questão em iniciar o percurso mesmo onde fica assinalado de acordo com o mapa que está patente no site do Algarve Digital. Pena que no sítio onde se inicia (junto do ponto onde está a passagem de nível onde a antiga linha de comboio que vai ter à estação do Guadiana - agora encerrada - cruza a marginal do Guadiana) não esteja nenhum objecto assinalando o início da ecovia (como o que está na outra ponta ocidental, no cabo de São Vicente, ver foto).
Aí fui então pela marginal de Vila Real, abaixo acompanhando o percurso do rio, entusiasmado e a alta velocidade. Mais à frente, cortei para o acesso a Monte Gordo, de acordo com o mapa traçado no Algarve Digital, que tinha impresso em duas folhas de papel.
Em Monte Gordo fiz uma paragem para reabastecimento, e só depois entrei em percurso realmente desconhecido para mim, quando segui um caminho de terra batida que se metia pela mata dentro, digamos o início do verdadeiro percurso verdadeiramente ecológico da cena.
Então deparei com um lago, o lago artificial construído nas traseiras da Aldeia Nova. Lá deparei com várias aves selvagem, como patos e galeirões. Um sítio bastante agradável não haja dúvida. A partir daí, comecei a andar um pouco perdido sob qual seria o verdadeiro trajecto da ecovia. Porque o mapa não era muito claro (a escala era grande, da ordem dos 1:8000), a partir daí acho que não consegui seguir à risca do trajecto da Ecovia. Passei a praia da Retur, e se bem que o percurso previsto da Ecovia segue o caminho da Retur em direcção à EN 125, um erro incompreensível, em minha opinião, para uma via que se quer ecológica e exclusivamente para o trânsito de cicloturistas. Daí vai que fui seguindo os caminhos paralelos à costa e continuo por dentro do pinhal. Alcancei um charco, uma zona muito aprazível, mas depois dei com uma vedação com cerca de 1 metro e meio de altura.
Esta vedação delimitava a área de urbanização da Praia Verde, com imensas vivendas com piscina. Como parecia não haver fim para a vedação, armei-me em esperto e ajoguei, literalmente, a bicicleta por cima da vedação, pensando que ela ficaria ilesa. Nada disso, quando a pus de pé, estranhei o facto de não consegui fazê-la a avançar, isto porque as pastilhas dos travões da roda da frente tinham entortado e ficado a roçar na superfície da roda. Para além disso, um dos parafusos que segurava o suporte do cantil ao quadro saltou. Por momentos cheguei a desesperar pensando que teria de ir a pé os cerca de 20 km que me faltavam até Cabanas. Mas lá desmontei os travões da frente e segui o meu caminho.
Claro que não tive outro remédio senão ir para a 125, e aí fui, mais uma vez, tentando acompanhar sempre que possível o trajecto da Ecovia, mas não consegui dar com a ligação de Altura a Manta Rota passando perto da praia da Lota sem ter que passar pela 125 novamente. Só quando entrei na Manta Rota, é que não tive mais que voltar à EN 125. Passando Manta Rota, cheguei a Cacela Velha, e entrei em terrenos conhecidos, parei um bocado em Cacela Velha para recuperar algumas energias e depois fui para Cabanas. Escusado será dizer que quando cheguei a casa, não foi como uma das voltas que costumo fazer em volta da aldeia, não me lembro do regresso em casa me ter sabido tão bem.
Ao todo foram então 28,6 km de viagem, sem contar com o quilómetro mais que fiz para chegar à estação da CP, o que faz perto de 30 km.
Conto repetir o percurso numa próxima oportunidade, mas para a história fica uma bicicleta que tenho ali ao canto que ainda preciso de ir arranjar...
Pois é, cá estou, uma semana depois, mais uma vez em Lisboa, à espera de ser atendido para uma entrevista. Cheguei cá graças aos excelentíssimos expressos da EVA/Mundial Turismo, que me pegaram em Tavira às 07h30 da matina e me deixaram aqui na grande capital perto do Zoo eram 11 horas e trinta minutos aproximadamente. Eu adoro até voltar à capital de vez em quando nem que seja para estar cá por algum motivo forte. O que custa é ter de pagar perto de 30,70 ? para cada viagem de ida e volta só para cá estar por causa de uma entrevista. A semana passado tinham sido duas, agora só tenho marcada para as 14h30, mas sempre é melhor do que ter nada.
Como estava dizendo, cheguei hoje por volta das 11h30, almocei por cerca de 6,30 ? ali ao princípio da Avenida Columbano do lado direito para quem vai em direcção à praça de Espanha. Um pequeno bar com serviço de restaurante no primeiro andar foi o que me valeu. Despachei-me em cerca de meia-hora, quarenta e cinco minutos e vai daí, foi em demanda da Rua Soeiro Pereira Gomes. Ora esta rua com o nome de um dos mais expoentes do Neorealismo português não constava no meu mapa mental de Lisboa. Tive que perguntar a um excelentíssimo empregado lá do bar que me indicasse a direcção da Rua. Ele disse-me siga em direcção da Avenida dos Estados Unidos da América (ele devia devia tar a falar da Avenida das Forças Armadas). E lá fui, pela dita avenida acima. Passei primeiro por um terredo murado pintado de cor-de-rosa que era a Embaixada do Brasil. Mais acima vejo um edifício com um grande dispositivo de segurança montado, eu pensei cá para mim "Isto deve ser algo do exército ou é algum ministério". Nenhum dos dois, era a Embaixada dos States. Compreende-se, de facto, que nestes tempos difícies em que o terrorismo internacional pode aparecer ao virar da esquina, que os nossos amigaços (quando lhes convém) "amaricanos" tenham que estar armados até aos dentes para protegerem da melhor maneira as suas representações diplomáticas. Sem estar ainda muito seguro de para onde me dirigia, subo umas escadas para prosseguir o passeio e, num cruzamento entre duas avenidas (desconfio que a outra é a Avenida dos Combatentes) diviso lá em cima para este um edifício ostentando uma bandeira vermelha com uma foice e martelo debruada a amarelo até que lembro "aquela é a sede do PCP". Bingo! Lembrei-me logo num relâmpago que a dita sede dos comunas ficava (e fica) na Soeiro Pereira Gomes. Já sabia aonde me havia de dirigir. Não sabia era que avenida tomar, obtei pela dos Combatentes virando à direita, lá mais à frente deparei-me com o edifício de exteriores espalhados que correspondia à Bolsa de Valores (que agora mudou de sítio), que já conhecia. Tive que entrar pelo meio de um terreno de uma obra em construção para chegar à dita rua e consegui descobrir a morada do local da entrevista sem ter sido necessário consultar nenhum mapa digital ou de papel, servindo-me apenas de alguns pontos de referência já conhecidos ou outros que por acaso me recordei. Só não passei é pela sede do PCP, senão teria ido lá dentro dar um cumprimento ao camarada Cassete Jerónimo ehehehe!!!
Wish me luck for the interview right now! São 14h15...
O mundo está na expectativa de saber se Usama Ben (ou Bin) Laden afinal morreu ou não. Se bem que para pessoas mais ingénuas isto poderia significar o fim do estigma do terrorismo institucionalizado a nível mundial, desengane-se: a Al-Qaeda está aí para ficar, com ou sem o seu líder natural. O que é certo é que com Usama morto ou vivo, penso que não faz diferença, há muito que se pensa que a Al-Qaeda já se fragmentou de tal forma em minúsculas e numerosas células por todo o mundo ao ponto que já não há forma de manter uma relativa coordenação. Que canais de comunicação essas células precisariam para se manter em contacto e partilhar informação ? Bem isso fica para outro dia, mas voltando ao assunto que interessa, penso que se Bin Laden estiver realmente morto, isso vai servir ainda melhor a imagem de Al-Qaeda, uma vez que o seu carismático fundador tornou-se finalmente um mártir, o que à luz de certa interpretação da religião muçulmana, lhe dá as maiores virtudes de recompensa na vida celestial que os seguidores acham que neste momento ele estará a gozar. O que é certo é que, aqui na Terra, a imagem de Usama já é um icone, os seus olhos, o seu disfarçado sorriso com a sua barba de anos por fazer são uma imagem de marca que vende a sua ideologia em qualquer lado e aterroriza-nos a todos nós, ocidentais, em que a imagem do 11 de Setembro ainda está muito presente no nosso inconsciente colectivo.
É por isso que, para mim, morto ou vivo, o líder da Al-Qaeda já atingiu um patamar em que a sua influência continuará a fazer-se sentir, estando neste momento ele ainda respirar ou não nalguma caverna perdida algures entre o Afeganistão e o Paquistão.
É como Che Guevara, depois de morto, a sua imagem tornou-se ainda mais popular do que nunca. Eu imagino os futuros homens bomba a envergarem todos uma t-shirt ou tatuagem com Ben Laden estampada no corpo ou um poster pendurado no quarto, tal como a geração do Abril em Portugal costumava ter com o Che Guevara.
Com a construção da Ponte Internacional do Guadiana ? Sinto-me tentado a dizer que foram os espanhóis. Ayamonte desenvolveu-se como nunca após a construção da dita ponte, e, passados cerca de 15 anos desde a sua abertura, a antiga vila fronteiriça espanhola possui umas dimensões invejáveis. Muitas das construções situadas na sua periferia devem ser mais recentes que a ponte e, hoje em dia, muita da economia aiamontina está dependente do dinheiro que os turistas ou viandantes, portugueses ou não, deixam naquela localidade espanhola. O comércio aos turistas é sem dúvida o grande negócio dos aiamontinos!
Não admira que se possa falar português à vontade com os aiamontinos e eles até agradecem com o nosso obrigado.
Duvido que não haja ninguém que vá ao Algarve que não passe umas horas em Ayamonte, nem que seja para atestar o automóvel. "Nuestros hermanos" agradecem !!!
Estou a escrever este texto a partir do terminal da Rede Expressos de Lisboa, situado em Sete Rios, já que me desloquei hoje à capital para entrevistas de emprego. Foi bom regressar a Lisboa após duas semanas de interregno no Algarve. Voltei duas semanas depois e estava tudo mudado no que toca aos autocarros da Carris, em que houve uma restruturação brutal das carreiras, em que algumas carreiras foram eliminadas e outras novas foram criadas, os autocarros das carreiras série 700. A reestruturação iniciou-se a semana passada e, após uma semana, ainda existem utentes com as candeias às avessas sem saberem que carreira hão-de apanhar para poderem chegar aos seus destinos. Eu tinha em meu poder 14 dos antigos módulos, que dão para 28 viagens dentro da mesma zona. Acontece que a Carris vai eliminar todos os bilhetes no suporte habitual de cartolina e vai 'obrigar' toda a gente a usar um bilhete electrónico, que contém um número de viagens gravado no chip do cartão. E os bilhetes têm que ser trocados até ao fim do mês de Outubro! Tentei ir trocar os bilhetes no posto de venda da Carris até Sete Rios, mas chapéu! Nos postos de venda só trocam até no máximo quatro BUC de forma que tinha de ir à estação de Santo Amaro para poder trocá-los pelo bilhete electrónico. Ora Santo Amaro fica na marginal de Lisboa, literalmente do outro lado da cidade para quem está em Sete Rios! Daí vai que teria de estar a gastar um bilhete para ir a Santo Amaro trocar os bilhetes! Coisas destas só mesmo neste país.
Agora são 16h45 e faltam ainda perto de duas horas para chegar o expresso da EVA que me há-de levar de volta ao Algarve, vou vor como posso ocupar o tempo da melhor maneira!
A ponte do comboio na Ribeira do Almargem é um dos pontos que vai ser atravessado pela famosa ecovia litoral do Algarve, como, é que eu gostava de saber. Vão alargar o vão da ponte ? Vão construir outra ponte ao lado ? A ponte do Almargem é uma estrutura centenário e data do prolongamento da ferrovia desde Faro até Vila Real de Santo António, concluída por volta da 1ª década do século transacto. Tem sido alvo de várias reintervenções no sentido de reforçar a sua sustentação.
A foto que se apresenta acima foi tirada hoje de manhã, tive uma sorte do caraças em apanhar o comboio, foi como que caído dos céus, não estava mesmo à espera, ainda melhor foi, porque a foto ficou perfeita com a ponte e o comboio por cima, não acham ;) ?
Quem conhece a zona de Tavira, de certeza que já deve ter ouvido falar da Praia do Barril, que recebeu o nome da antiga armação do atum do mesmo nome, uma das poucas a sobreviver de pé na costa algarvia, para além do Arraial Ferreira Neto, convertido no Hotel Albacora. Ora, acontece que a viagem desde Pedras D'El Rei (o aldeamento turístico da zona) até à praia que fica na ilha é feita através de um pequeno comboio, suportado pela empresa que gere aquele empreendimento aquele empreendimento turísitico.
Próxima fica a aldeia/vila de Santa Luzia, considerada o centro de captura da pesca do polvo, e onde é ainda vulgar encontrar o famoso alcatruz, utensílio indispensável na captura daquele molusco. Os seus habitantes, quando alguém se refere a eles depreciativamente, costuma-os tratar por lepeiros, em referência ao facto de uma parte dos seus habitantes serem descendentes de uma vaga de emigrantes provenientes de Lepe, uma localidade espanhola na Andaluzia, a cerca de 30 km de Ayamonte para dentro de território espanhol.
Ora, neste último mês de Agosto tive hipótese de (re)visitar a praia, e voltar a fazer a agradável viagem em que se atravessa uma extensa área de sapal (é também possível efectuar o referido percurso a pé). Toda a viagem demora quase seis minutos, como se pode constatar com o vídeo que fiz com o auxílio da minha máquina fotográfica digital.
Após mais umas navegações nos mares atribulados da Web, lembrei-me da instituição responsável por cartografar todo o território, o IGeoE, acrónimo de Instituto Geográfico do Exército, também devia ter algo como mapas interactivos no seu site. Há uns bons anos (em 1999, praí) o IGeoE esteve por detrás de um site que era responsável por tudo que era informação geográfico, o GeoCid, entretanto ainda existente. De facto deparei-me com o SIG, que acaba por ser, neste momento, o site de mapas interactivo mas interessante disponível, a resolução a nível de mapas e fotos aéreas é bem melhor que o site Algarve Digital. Desconfio bem que tenha sido o IGeoE a fonte original da informação patente nos outros sites de mapas interactivos, mas isto é só uma suspeição pessoal.
Este é, a nível nacional, sem dúvida o site onde se pode aceder a maior nível de informação geográfica, tudo graças à possibilidade de uso de diferentes layers, à la Google Earth, onde se pode alternar entre os mapas básicos e imagens de foto aérea ou satélite do terreno. Nas escalas mais pequenas, é possível aceder à informação patente nas célebres cartas militares que tornaram famoso o IGeoE. De chamar a atenção para os mais desprevenidos, que o site não funciona no Firefox. E é pena que também não seja possível fazer um link directo para o mapa da zona que queremos visualizar, para mais que as opções de menu de contexto estão desactivadas.
Mas não deixa de ser, sem dúvida o mais interessante de todos os sites mapas on-line desde, é claro, que os gajos do Google Earth não melhorem a qualidade das imagens e dos mapas da sua aplicação.
É o que se pode dizer do trajecto de cerca de 700 metros situado entre o lugar da Canada e a estrada nacional 125. Eu costumo utilizar este curto trajecto de bicicleta para evitar a ladeira da Calçadinha, uma ladeira chata de fazer a subir para mim, que sou um péssimo trepador. Acontece que há cerca de 10 anos que a passagem de nível sem guarda foi encerrada por causa da CP não querer gastar dinheiro em manter a sinalização da linha, uma vez que considerava que os habitantes do lugar da Canada (cerca de uma dezena, se chegar a tanto...) podiam fazer muito bem o seu trajecto para a 125 usando o acesso em direcção à estrada de Conceição-Cabanas e, vai daí, acharam que tinham motivos mais que suficientes para encerrarem a dita passagem de nível com dois enormes blocos de ferro de cada lado da linha. Acontecia que ao que parece a Câmara Municipal tinha um projecto antigo para alcatroar este curto troço e passou-lhe o asfalto por cima mesmo depois da passagem de nível estar encerrada (um desperdício de dinheiro, é verdade, mas existem algumas propriedades que ainda se servem deste acesso). Fico é a pensar se esta passagem não poderia ter servido de alternativa para o acesso a Cabanas quando a estrada habitual se encontra extremamente movimentada, principalemente. O pessoal podia entrar por esta curto troço logo depois de dar a curva acabando de passar por cima da ponte da Ribeira do Almargem e depois enfiava para a direita (ainda houve tempos em que estava lá uma placa a dizer "Canada", a partir da EN 125) e depois podia chegar à avenida marginal através da actual 'Rua da Canada', aquele caminho de terra batida que segue paralelo à Ribeira da Conceição.
Eu, por mim, com passagem de nível encerrada ou não, sempre que vou para Tavira de bicicelta e não tenho paciência para usar a Calçadinha, lá tenho que fazer 'gincana' e levantar a bicicleta pelo quadro e passar a linha do caminho de ferro a patas para chegar e ao outro lado e prosseguir o meu caminho...
Depois de estar a dar relevo aos mapas interactivos do Algarve Digital, decidi investigar a situação de Cabanas noutros sites de Mapas Online, e neste caso investiguei três: o Google Maps, o Via Michelin e o Mappy.
Há uns tempos atrás, lembro-me de ter usado a ferramenta de search do Google Earth. Não sei se sabem, mas é possível pesquisar directamente por ruas no Google Earth. As ruas e avenidas de Lisboa (mesmo a Rua da Betesga) aparecem directamente numa pesquisa directa. Mas e depois, será que esta pequena aldeia perdida no meio do Algarve mereceria a atenção do Google Earth . Errrghh ... acham que sim, eu acho que não ! Percorri o mapa arrastando até chegar ao nosso lugarzinho perdido neste recanto, fiz um placemark perto da zona da minha casa e outro numa zona qualquer de Lisboa e pedi-lhe para me dar um percurso entre estas duas localizações. E não é que o sacana me deu mesmo todas as direcções, percursos a tomar e tudo o resto. Coisas do estilo: depois de percorrer 1,2 km na estrada não sei quantos, vire à direita para a estrada com a indicação na placa de não sei quais. E o mais espantoso é que soube adivinhar (mas que diabo) o nome da rua onde moro !!! Já com os novos nomes das ruas e tudo!
Assim, de acordo com o Google Earth, eu moro na Avenida da Rua Formosa (na realidade não, mas sim na Rua da Fortaleza, falhou por pouco). Fiquei admirado, mas a coisa não é tão estranha porque na verdade grande parte dos nomes das ruas das localidaedes de Portugal já constam de uma base de dados internacional, que serve de fonte para todos os sites de mapas interactivas on-line. Assim, decidi investigar os três sites mapas descritos acima, com os resultados que forneço de seguida.
Google Maps
O Google Maps é uma espécie de "Google Earth na web", a interface é semelhante à do programa, e também permite pesquisas. Além disso, possui plantas das zonas e é possível sobrepor a informação das plantas às dos mosaicos de fotos satélites, através do botão 'Hybrid'. A navegação é também em quase tudo tal e qual o Google Earth, sendo que o scroll do rato permite ampliar ou reduzir o pormenor do mapa, de acordo com a direcção (para cima, mais zoom e para baixo,menos). É possível arrastar com o rato para se mover para localizações fora do mapa. Os nomes das ruas não estão 100% concordantes com o que se passa na realidade, mas trata-se de erro humano (eu não tive oportunidade de comparar esta versão com as dos outros sites, para ver se assim se a fontes dos dados é comum, daí podendo redundar em erros iguais). Mas é, sem dúvida de entre todos os que experimentei, sem dúvido o mais intuitivo e fluido, principalmente para quem está habituado ao Google Earth.
Mappy
O Mappy possui maior número de informação disponível (algumas ruas têm até os sentidos de circulação do trânsito). A barra de ferramentas não é muito complicada de utilizar (permite passar para écrã inteiro, que na realidade é preencher toda a área disponível dentro do browser). É possível também arrastar com o rato. Existe é muita coisa por implementar: não se atrevam a clicar nas opções como 'Informações de trânsito' ou 'Caixas Multibanco' ou vão ser brinadados com um bonito mapa de França ou a dar as caixas de multibanco francesas situadas na fronteira dos Pirenéus (o que prova que a aplicação até estar a funcionar bem, dentro da informação que tem disponível, pena que ainda não tenha de cá e de Espanha). Mas a ferramenta de traçar percursos é sem dúvida a melhor de todas que tive oportunidade experimentar. Dá uma descrição com os rumos a tomar, acompanhada devidamente dos sinais gráficos de acordo com cada país que se encontram na estrada, e nos permitem situar directamente. Este ainda tem a vantagem de ter disponíveis os números das portas das ruas.
Via Michelin
A Michelin, para além da marca de pneus reputada que é, também desde há anos que tem tradição na concepção de mapas, e a isso não escapa os mapas interactivos que possui, com quase toda a Europa. Mas naquuilo que realmente interessa, a navegação é em tudo idêntica ao Mappy. A grande diferença é que permite seleccionar directamente um rectângulo com uma área que desejemos visualizar em pormenor. Não tem aquelas mariquices do Mappy que não funcionam aindam, mas é eficiente naquilo que faz.
O ponto comum entre todos estes sites é que todos permitem guardar mapas de zonas desejadas e recuperá-las mais tarde de uma forma directa. É graças a isso que vou deixar aqui os links directos para os mapas de Cabanas:
Todos os sites permitem a mesma funcionalidade no que toca à navegação e arrastar, assim como descrever os percursos de estradas a tomar entre dois pontos. Todos têm os seus sins e nãos, mas pessoalmente e como sou aficionado do Google Earth, o meu voto pessoal vai para o Google Maps.
Em relação ao post anterior, referi que tinha determinado através da ferramenta de medir distâncias do portal Algarve Digital que o perímetro da minha aldeia era de cerca de três quilómetros sensivelmente, mas não fiquei convencido e decidi experimentar por mim mesmo se era exactamente isso que se passava. E como é que iria fazer isso ? Obviamente não iria estender uma fica métrica imaginária de quilómetros nas ruas que circundam a aldeia. O que fiz usar um dispositivo que me ofereceram de aniversário e que permite, entre outras coisas, determinar a distância percorrida de bicicleta. E, se bem que não seja uma coisa extremamente precisa, permitiu confirmar que realmente a ferramenta do Algarve Digital realmente não está longe da realidade, e o dispositivo da bicicleta confirmou isso mesmo - o perímetro da aldeia são aproximadamente três quilómetros, mais coisa menos coisa.
Ora, outro dia, foi fazer um passeio de Cabanas a Tavira de bicicleta. Eu detesto a EN 125 e, em determinados pontos, sempre que possível, saio da 125 para tomar percursos alternativos e também para evitar alguns percursos mais inclinados (sou um péssimo trepador, diga-se de passagem). Ao todo, demorei cerca de 30 minutos a ir de bicicleta de Cabanas a Tavira e determinei através do dispositivo que o percurso cobriu cerca de 7 quilómetros, a ir desde a minha casa até à biblioteca municipal de Tavira. Mais uma vez socorri-me dos mapas interactivos do Algarve Digital para determinar a distância, e as duas fontes (dispositivo conta-quilómetros da bicicleta e ferramenta de medição de distância nos mapas interactivas) confirmam-se mutuamente. Aqui fica o mapa do trajecto que segui (a vermelho) comparando com o percurso que sigo normalmente se me deslocar de carro e o trajecto da futuro ecovia na zona (que podia utilizar, especialmente na parte da ponte sobre a Ribª do Almargem, uma vez que me permitiria evitar a EN 125 por completo).
Fiz referência ao Mapa Interactivo do Algarve num post anterior . Este mapa está num subdomínio do portal Algarve Digital e é basicamente uma versão ao estilo "Google Earth" apenas para o Algarve. Por enquanto, não é batido pelo Google Earth pela simples razão que o Google Earth ainda não tem imagens de melhor definição para a maior parte da região. É pena não estar não funcionar em Firefox tão bem como no M$IE, mas paciência, não se pode ter tudo.
Por enquanto, vê-se que ainda está básico, com as opções mais simples. A ferramenta de traçar rectas para medir distâncias é interessante. A navegação não é tão fluida como no Google Earth, mas é preciso não esquecer que está a trabalhar sobre um browser.
A ferramenta de medir áreas também permite ser uma mais valia sob o Google Earth, graças a ela consegui estimar a área de Cabanas em perto de 41 hectares (1 hectare = 1 hectómetro quadrado = 100 000 metros quadrados). Graças a isso, já consigo ter uma ideia mais precisa da quantidade de hectares que ardem todos os Verões em Portugal. Por exemplo, quando arderem 500 hectares, isso irá corresponder a cerca de uma área equivalente a 12,5 vezes à da minha aldeia de residência. Já agora, seria interessante assinalar no mapa as áreas ardidas nos últimos anos no Algarve. Depois do incêndios em anos consecutivos sob as serras de Monchique, de Tavira e do Caldeirão, já pouco faltar arder no Algarve.
À semelhança do que fiz num post anterior, deixo aqui o destaque para a letra duma canção especialmente dedicada ao pessoal que tem carro novo.
A canção chama-se I'm in love with my car (numa tradução literal, estou a namorar o meu carro) e é interpretada por Roger Taylor, o baterista dos Queen. Esta é das poucas músicas 'made by Queen' que é cantada pelo baterista, Roger Taylor, e foi composta na altura para celebrar a compra de um Alfa Romeo por parte de Roger Taylor. Aliás, a música começa o barulho do motor a arrancar desse mesmo carro.
Words and music by roger taylor
The machine of a dream
Such a clean machine
With the pistons a pumpin
And the hub caps all gleam
When I'm holdin your wheel
All I hear is your gear
When my hands on your grease gun
Oh it's like a disease son
Im in love with my car
Gotta feel for my automobile
Get a grip on my boy racer rollbar
Such a thrill when your radials squeal
Told my girl I'll have to forget her
Rather buy me a new carburetor
So she made tracks sayin'
This is the end now
Cars dont talk back
They're just four wheeled friends now
When I'm holdin your wheel
All I hear is your gear
When I'm cruisin' in overdrive
Don't have to listen to no run of the mill talk jive
I'm in love with my car
Gotta feel for my automobile
I'm in love with my car
String back gloves in my automolove
Para quem costuma visitar este blog de vez em quando, deve ter notado na altura do motto do blog, ou então reparado no número de posts feitos na última semana, que, com este incluído, já chega a 4!
O que se passa, como alguns de vós já devem estar a par, é que decidi concluir o meu estágio profissional em Lisboa, após seis meses. Gostei do tempo que lá estive, foi óptimo porque consegui matar os meus fantasmas em relação à capital, que advinham de ter lá estado quatro anos sem ter conseguido concluir o curso de Biologia na Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa. Conheci novas pessoas, ganhei ritmo e currículo. As razões do término do estágio profissional não vou, obviamente, expôr quais são. Só digo que não se tratou de uma decisão fácil e espero, dentro em breve, estar de volta à capital, porque os empregos para aquilo que quero fazer, que é de programador, simplesmente não existem aqui em baixo. Posso não conseguir arranjar emprego imediatamente, mas se ficar dois meses sem ter ainda perspectivas, lá terei que arranjar outras coisas que fazer, diversas daquilo que tinha inicialmente expectativas de fazer. Estou optimista, é claro, porque na área profissional onde trabalho, a falta de emprego até nem é grande, é problema é a competitividade a nível da experiência profissional que cada um possui e, nesse campo, realmente tenho de admitir que não tenho grande coisa para mostrar, pois possuo os seis meses do estágio profissional.
Depois da Wikipedia, eis que chegou a altura de Cabanas merecer também um espaço no Google Earth Community ! O Google Earth, que penso que todos conhecem, é aquele fantástico programa interactivo desenvolvida pela Google Inc. (a empresa, não o motor de busca...) que nos permite navegar pela superfície terrestre como se fôssemos o Super-Homem (literalmente!) - não encontro melhor comparação ! Mas se fôssemos mesmo o Super-Homem, então devia ser um Super-Homem que tinha excelente visão para as terras americanos, aumentando a falta de vista à medida que se ia deslocando para terras de países menos desenvolvidas, tamanha é a falta de definição de muitas das imagens de satélite e/ou áreas que compoem o mosaico total da superfície que está patente na base de dados do Google Earth.
Acontece que quem tem o Google Earth, o programa propriamente dito, entre as várias camadas (layers) que pode seleccionar no painel do lado Esquerdo existe uma que se chama "Google Comunity" que consiste num local onde todo o pessoal que é aficionado do Google Earth pode partilhar as suas localizações (placemarks) favoritas.
Assim, decidi colocar o seguinte tópico no Google Earth Community sobre Cabanas. Isto irá fazer aparecer, consoante o nº de votos disponível, um icone sobre o mapa mostrando na layer do 'Google Earth Community' um icone 'i' apontando para a localização geográfica do local indicado no topic do forum. Neste momento, já está inserido na layer, esse icone, descarreguem o ficheiro de extensão para fazer download que lá está e depois experimentem !!!
Cabanas !!!
Esta era uma das minhas grandes dúvidas. Mas, felizmente, graças ao mapa interactivo do Algarve patente no portal Algarve Digital, consegui finalmente esclarecer esta dúvida.
Quem não estiver ao corrente do que se trata a ecovia, trata-se de uma via destinada a peões e bicicletas, orientada para o contacto com a natureza e a apreciação dos valores naturais. É uma via que vai ligar o cabo de São Vicente a Vila Real de Santo António. Basicamente, e em poucas palavras, trata-se duma ligação que liga as "duas pontas" da costa Sul do Algarve destinada a 'pedestrians' e ciclistas.
As minha grandes dúvidas prendem-se com o facto de que, conhecendo como eu conheço todos os caminhos rurais da minha freguesia de residência, podem ser resumidas aos seguintes pontos:
aonde iriam fazer passar a dita via em terrenos particulares como os que existem, por exemplo, na parte oriental da freguesia, onde existe uma zona de arriba fóssil, que se bem, nalguns lados esteja aberta ao público, duvido que nalguns outros pontos fosse possível aos donos das propriedades nessa área estivessem dispostos a 'abrir mão' de uma nesga que fosse do seu terreno
a área ocidental da freguesia é limitada pelo curso inferior da Ribeira do Almargem, que para mais, bordeja uma área de sapal. Como iriam fazer passar os ciclistas por cima dessa área ?
As respostas que encontrei estão todas no mapa patente no portal do Algarve Digital. Deixo aqui uma imagem do referido percurso, extraída do porta Algarve Digital.
Acabo por ver realmente, que o trajecto segue as vias que eu à partida já desconfiava que só podiam ser as indicadas para tal percurso, como por exemplo, atravessar a Ribeira do Almargem junto da antiga ponte dos Caminhos de Ferro (fica é no entanto a dúvida, irão alargar a referida ponte para permitir a passagem da ecovia ou irão construir uma ao lado?). De resto, a ecovia "vai usar" a Marginal de Cabanas, virando para norte no local onde termina a margina, passando depois por caminhos de terra batida onde só passo um carro de cada a vez. São caminhos pré-existentes e que constituem acesso a propriedades rurais a que não se poderá interditar o trânsito de automóveis.
Apesar dos senãos, é uma sorte termos nesta altura toda a Ecovia já se encontra adjudicada no nosso concelho (Tavira), não fosse o nosso autarca o principal mentor da iniciativa. Como se pode ver no resto do mapa, no geral, ainda há muito para fazer. Eu quero ter essa ecovia pronta para daqui a não muito anos, pois quando estiver pronta, eu vou logo querer ser um dos primeiros a utilizá-la, eu vou logo tirar férias para poder finalmente percorrer o Algarve de lés a lés!!!
NOTA: não recomendo a utilização do Firefox para visualizar o mapa interactivo do Algarve, mais uma vez os tipos que fizeram este site tão-se borrifando para o Firefox, grrrr...
Eu subscrevo o Google Alerts, que consiste num serviço que monitoriza constantemente os resultados na pesquisa por certos termos. Quando existe uma página que entrou tipo "pára-quedas" no top 10 de resultados por essa pesquisa eu sou notificado imediatamente. É o que se passa na pesquisa por Cabanas de Tavira. Encontrei por acaso este topic num forum dedicado às "verdades sobre as férias" (Holiday Truths). E lá topei com um pequeno parecer sob quem teve oportunidade de cá estar tecendo excelentes comentários sob a nossa terra e zonas adjacentes. Chegam ao ponto de dizer que Tavira tem 30 igrejas (!!!). Nunca houvi parecer tão favorável ehehehe. Aqui fica o link para tão formosos comentários!!!