quarta-feira, novembro 07, 2007

Quantas drosófilas uma banana pode dar ?

Hoje, de amanhã, acordei horrorizado deparando-me que tinha companhia no meu quarto. Não, não era nenhum alien horrendo pronto para me eliminar, mas sim umas quantas mosquinhas da fruta, conhecida também pelo seu nome científico Drosophila melanogaster, ou simplesmente drosófila. Não é habitual aparecerem estes éspecimenes no meu quarto, sendo mais vulgar ocorrerem na cozinha, principalmente junto de detritos orgânicos, que ocorrem vulgarmente no lixo. Ao contrário da mosca doméstica, a drosófila passa despercebida, exceptuando quando aparecem grandes enxames de cerca de umas dezenas que incomodam sobretudo ao olhar pela falta de higiene. Mas o voo da drosofila é práticamente silencioso e não se procuram agarrar às pessoas, de forma que passa relativamente despercebida. O problema é quando são muitas, incomodam um bocado vê-las a voar para cá e para lá. Fui à procura da solução do enigma da origem de dezenas de drosófilas a esvoaçar no meu quarto. E é que não descobri que havia uma casca de banana putrefacta no cesto do lixo? Comecei a imaginar todo o filme: uma drosófila fémea atraída pelo cheiro de uma banana putrefacta, e prenha pôs os seus queridinhos ovos na casca de banana. Ovinhos que deram origem a umas simpáticas larvas (que por acaso nunca me lembro de ver - gusanos de drosófila!), que se metamorfosearam em adultos praticamente ao mesmo tempo, o que comprova que são todas irmãs. Por muito bem, eu estava à espera de cometer um genocídio sobre este clã de moscas irmãs (ou melhor um insecticídio) com a ajuda do insecticida mais próximo, mas vou-me deixar estar, vou deixar que as coitadas morram de fome, para depois ter uma ideia de quantos dias elas subsistem (uma vez que no meu quarto não há detritos orgânicos que elas precisem!), o que vou começar a fazer é nunca mais deixar restos orgânicos no cesto do lixo no meu quarto. E vejam bem: uma simples casca de banana deu origem, através da reprodução e metabolismo, foi reprocessada para dar a origem a umas poucas dezenas de drosófilas simpáticas que agora esvoaçam alegremente pelo meu quarto. É o milagre da vida! Lá dizia o Lavoisier: na natureza nada se perde, tudo se transforma ! E graças a isso, já não estou sozinho no meu quarto!

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2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Samuel,

Cuidado com esse mosquedo...

Eu tive umas na minha cozinha e duraram semanas.

Tive que as matar uma a uma...... Foi realmente chato.

Ganha coragem e ataca essas gajas!

Abraço,
Ivo Abreu.

09 novembro, 2007 15:37 
Blogger pescadordigital disse...

Afinal sempre se concretizou a minha previsão, já não há drosófilas no meu quarto. Não foi necessário aplicar insecticida. Nenhuma drosófila conseguiu sobreviver à fome. Não sei onde elas param, qual foi o canto onde foram morrer, mas é claro, nunca mais vou deixar lixo orgânico no meu quarto!
Só uma perguntas: de que espécie de moscas que tás a referir: eu estou a falar de drosófilas, também conhecidas como mosquinhas da fruta. Não te estás a referir a moscas domésticas ou varejeiras? Essas sim, só têm uma sorte: é serem mortas!

09 novembro, 2007 23:48 

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