É a introdução do trailer do filme "Ágora", a que fiz alusão no post anterior. Tive oportunidade de assistir este último sábado, à tarde, no Cinemacity de Alfragide, por volta das 16h da tarde.
Um filme agradável, ao estilo da nova linha de filmes históricos cuja série foi iniciada pelo "O Gladiador". Apesar de não ser uma história rocambolesca, ao estilo deste último, este é um filme com uma mensagem bastante simples e directa - qualquer fundamentalismo, provindo de qualquer religião que seja, é sempre extremamente prejudicial para a convivência - e isto numa época (fim do século III, início do séc. IV d.C.) em que o Islamismo ainda nem exisitia - entre religiões, numa cidade, que assistia ao legado de uma cultura em extinção - a helénica, representada pela famosa Biblioteca, e a nova religião em franca expansão - o Cristianismo. E no meio disto tudo, é a cultura em clara extinção - a Helénica (alcunhada de "Paganismo" pelos cristãos) que possui o esclarecimento de empreender o questionamento e o confronto do saber com a realidade como a de desenvolver um modelo para entender o Universo em que vivemos. No centro dessa meditação para melhor entender a realidade existe uma mulher - Hipátia, que, dividida entre manter o antigo saber acumulado durante séculos em papiros na antiga biblioteca e as novas confissões em pleno crescendo, tenta sobreviver a todo o custo contra os "ventos da História" que condenavam a filosofia e a tradição helenística, trazidos por Alexandre o Grande durante as suas grandes conquistas.
Não posso falar do trabalho do realizador Alejandro Amenábar porque o desconheço em grande parte, mas o seu trabalho impressionou-me bastante, principalmente naquela parte de mostrar quão ridículos e mesquinhos são os nossos conflitos, vistos a uma escala planetária, como se vê na metáfora em que os humanos são comparados a formigas.
Recomendo bastante este filme, principalmente para quem gosta do estilo da Ficção Histórica, que é bastante creditado graças a este filme.
Depois de ter colocado o blockbuster "Avatar" na lista dos meus filmes a ver este natal, decidi dar uma chance ao filme 'ÁGORA', cujo cartaz me intrigou no site de cinema do Público, clicar aqui . A primeira reacção que tive, ao deparar-me o rosto conhecido da Rachel Weisz em grande plano, foi de alguma surpresa ao ler a inscrição de "391 DC, Alexandria, Egipto". Ao puxar para baixo no site, deparo-me com o nome "Hypatia". Então sorri, e não podia crer que estava perante um filme que descreve a história dos últimos tempos da antiga Biblioteca de Alexandria, com a qual tive contacto pela primeira vez ao ler o "Cosmos" de Carl Sagan, naquele capítulo que ele dedica inteiramente ao local onde estaria reunido todo o saber acumulado durante toda a antiguidade clássico.
Este filme acaba também por falar sobre o dramatismo dos preconceitos contra os mulheres no mundo antigo e sobre o advento da nova religião - o Cristianismo - e na sua luta fanática para eliminar todos os vestígios daquilo que eles chamavam "Paganismo" - da qual a antiga Biblioteca de Alexandria era dos últimos sobreviventes.
Claro que nas imagens do trailer e na reconstituição da antiga Alexandria não poderia faltar aparecer o famoso farol - uma das 7 maravilhas do mundo antigo. Para mais, este é um filme em inglês realizado por um espanhol - Alejandro Amenábar - que eu, sinceramente, não vou falar, porque desconheço o seu trabalho. Apesar de tudo, o filme promete, bons actores, uma história espectacular e mais reconstituições estrondosas da cidade que era o grande centro cultural da cultura grega, após as conquistas por Alexandre o Grande.
Aqui fica o trailer:
Na próxima quinta-feira, dia 10, lá estarei, para ver mais a estreia deste filme !
Tive de me dirigir hoje ao Saldanha e, arriscando-me, mesmo num feriado, a não conseguir encontrar espaço para estacionar, arrisquei a minha sorte e fui abençoado com um lugarzinho ! Mas, depois de estacionar, descansei e acho que por momentos a minha mente divagou e acho que viajei no tempo para alturas no futuro... e de repente imaginei-me por momentos a conduzir um automóvel com um GPS que dizia:
"não há lugares para estacionar em toda a zona do Saldanha, aconselho a usar um parque de estacionamento pago. A diferença de preço não é muita relativamente ao preço se fosse na rua. "
"há muito trânsito na zona na Avenida Fontes Pereira de Melo, aconselho-o a usar a duque de Loulé para chegar ao Saldanha".
Era muito bom isto fosse possível, mas sinceramente, acho que não estaria interessado em abrir os cordões à bolsa para um GPS quase-humano, capaz de uma clarividência quase semelhante à de Deus. Para mais, nem quero imaginar as possibilidades se algum dia tal sistema será possível ! Nestas situações vale sempre a pena dizer: "já faltou menos!". Com o Google Street View e a capacidade de actualização em tempo quase real das câmaras de tráfego. Dar as melhores indicações para o percurso tendo em conta um relatório de estado de trânsito, penso que já exista nos dias de hoje, e até acho que há um modelo da TomTom que já faz isso, mas eu não quero estar aqui a fazer publicidade, qualquer que esse modelo seja...