terça-feira, setembro 27, 2005

Battlestar Galactica

Para quem tiver mais de 25 anos, como eu, com certeza se deve recordar que, em 1984, passou na televisão portuguesa, que na altura se resumia aos dois canais estatais, uma série intitulada Battlestar Galactica. O que se passava nesta série é que uma frota de naves pilotadas por seres humanos exilados de um sistema solar distante composto de doze planetas com nomes inspirados nos nossos signos do Zodíaco prosseguiam na rota de encontrar o caminho para a Terra. Eles fugiam de seres inteligentes artificiais conhecidos por cylons que tinham como principal característica possuírem uma viseira com um led vermelho oscilante (esta imagem também se tornou a marca mais famosa do carro inteligente da série conhecida em Portugal como o Justiceiro). Estes seres cibernéticos, após um conflito prolongado com a Humanidade, haviam logrado destruir toda a civilização instituída nos doze planetas conhecidos como doze colónias . Após sobreviver ao holocausto, o comandante Adama, líder da única nave sobrevivente ao ataque cylon, reúne as últimas naves em fuga a caminho do último planeta profetizado como sendo o destino da 13ª tribo que havia fugido do planeta natal da humanidade, Kobol. Portanto, nesta série, a Humanidade que habita presentemente a Terra, não é originária da Terra, mas sim do referido planeta Kobol, donde haviam fugido para estabelecer as referidas Doze Colónias num sistema solar afastado, onde haviam progredido tecnologicamente ao ponto de dominar a tecnologia de viajar mais rápido que a Luz. Esta série foi recuperada há dois anos pelo Sci-Fi Channel, um canal americano via satélite pertencente ao grupo NBC, que emite grandes clássicos de Sci-Fi, para além de ter levado ao pequeno écrã grandes best-sellers como Dune. Esta nova Galactica não é uma sequela da anterior, nem propriamente um remake, tratando-se mais de uma "reprodução" ou "reimaginação" da série original, mantendo os nomes dos mesmos protagonistas como as personagens principais e os cylons, mas acrescentando algumas novidades: por exemplo, na série original os cylons são robots que haviam exterminado os seus criadores, que esses sim eram os cylons originais. Na nova série, os cylons foram criados pelos seres humanos e são mais avançados que os da série original, ao ponto de serem capazes de criar seres humanos praticamente idênticos aos verdadeiros, mas que no entanto, mantêm programação que os leva, na prática, a passarem perfeitamente despercebidos como humanos autênticos, mas possuindo, no entanto, algumas características dos cylons originais. A nova série do Sci-Fi Channel começou com uma mini-série que foi exibida pela SIC em Agosto, e deu origem a uma série que nos Estados Unidos vai já na segunda temporada. Ao que parece, mas não está confirmando, a SIC também adquiriu os direitos da exibição para Portugal, mas ainda não está confirmado os quando pretende exibir.