segunda-feira, janeiro 05, 2009

Mirar o destino

Hoje aconteceu, ao estar de pé à espera de uma pessoa em frente ao Saldanha Atrium, e, como não tinha mais nada para fazer, ficar a contemplar toda a Avenida da Repúlica, que é possível vislumbar (quase) na sua plenitude desde o Saldanha até lá ao fundo, onde se divisa (já mal) a passagem superior da estação de comboio de Entrecampos. Foi curioso, e não tão inesperado, ver que todos os semáforos da Avenida da República fecham simultaneamente. Como disse, não é inesperado, é lógico que assim seja. Todas as viaturas que vêm das transversais é suposto escoarem ao mesmo tempo de forma a que se cada transversal fosse aberta ao movimento de cada vez, indepentemente, tudo seria uma enorme confusão. Mas é um espectáculo engraçado, ver todos os semáforos da Avenida da Liberdade, passar a vermelho simultaneamente. Vejo nisso algo de metafórico para as nossas vidas, já que existem muitos sinais vermelhos durante as nossas vidas que nos ajudam a refrear os nossos ímpetos, obrigando-nos a parar para pensar melhor antes de acelerar, mas sabemos, que mais à frente, já vai estar mais outro sinal vermelho, prontinho a reter-nos por mais uns momentos. E depois outro, e mais outro. Se formos a pensar bem, dá jeito pararmos um pouco antes de voltar a acelerar. Mas já sabemos que depois vamos ser parados novamente mais à frente. Temos que estar preparados para isso. Ir sempre a abrir sem paragens pode levar a acidentes e faz com que descuremos ser prevenidos. Os semáforos, estão lá, prontinhos, nas nossas vidas, prontos a dizer-nos para parar quando é necessário!