segunda-feira, junho 06, 2005

Reflexões sobre supermercados (II)

Continuando o tema que iniciei num post anterior, a respeito das atitudes e comportamentos no interior dos supermercados, todos nós, uma vez num supermercado, passamos a ser "todas iguais", quer isto dizer que, sejamos pobres ou ricos, felizes ou contentes, alegres ou mal dispostos, toda a gente mal entra dentro dum supermercado, independentemente do seu status sócio-político-económico, é reduzido ao papel mais básico dentro da nossa economia de mercado: ao de comprador/consumidor. Assim, poderíamos dizer, que, uma vez no interior da grande superfície comercial, todos passamos a ser iguais, para além de outras coisas na vida, como nascer, amar ou morrer. E o que tempo que podemos passar lá dentro depende e aí é claro, da nossa carteira. As pessoas de menor poder de compra são aquelas que porventura farão percursos mais longos e retirarão apenas os bens de primeira necessidade de que realmente precisam, e permanecerão menos tempo, coisa que muito provavelmente irá suceder nos próximos tempos, dado que no actual contexto sócio-político-económico, o poder de compra dos portugueses será severamente atingido. Isto e, para além do que ficou dito, ser aquele lugar irritante, em parte também em virtude do que ficou dito acima, lá podermos encontrar toda a gente, desde os nossos amigos (e lá vêm as conversas de fim-de-semana), figuras públicas, ou mesmo os nossos inimigos. Ninguém se safa também a isto. É devido a todas os bens essenciais que andamos à procura, e dessas necessidades enquanto seres humanos que acabamos todos por nos cruzar nesse lugar enfadonho, daí a origem do termo "conversas de supermercado" ! De forma simples e directa e pelas razões que acabei de expor: detesto supermercados!